sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

True Grit.





Irmãos Coen e mais um filme genial.

Fica difícil para mim, falar dos irmãos Coen, sou fã mais que declarado deles, mas realmente não tenho como falar do novo filme dos Coen sem exaltar toda a qualidade que sempre, sempre estão em seus filmes. Em True Grit, o filme não é tão cru quanto No Country for Old Men mas o filme é um remake de um filme de 1969 de John Wayne.

O filme começa com um monólogo de Mattie Ross (Hailee Steinfeld, que na minha opinião é um “achado” pois a atriz de 14 anos interpreta um papel magnífico, merece uma indicação ao Oscar e começa uma carreira que se continuar assim, será das mais promissoras)contando como seu pai foi morto, só nesses segundos de monólogo, os Coen já mostram o ritmo que o filme irá tomar, o roteiro dos Coen, sempre escrito por eles, são sempre um show a parte, os diálogos do filme são de uma naturalidade e essência singular, e com suas citações bíblicas de costume. Na história narrada por Mattie, o assassino de seu pai é Tom Chaney (Josh Bronlin, mais uma encarnação primorosa de um ator que cada vez mais impressiona, devia também no mínimo, receber uma indicação ao Oscar). Em sua busca por vingança, Mattie, mulher de 14 anos (tenho que chamar de mulher, pois não tenho como chamar alguém que atua dessa forma de criança), vai ao Xerife da cidade, e esse diz que Chaney fugiu para território indígena, onde só um Marshal (espécie de policial federal) pode ir atrás dele, dessa forma, ela pergunta quais Marshal’s ele indicaria, e ela fica seduzida logo de cara por Rooster Cogburn (Jeff Bridges, eu sei que ele ganhou o Oscar ano passado por Crazy Heart, mas sua atuação em True Grit é muito mais firme e impactante)no qual o Xerife cita como o Marshal mais violento que sofre de um problema com bebidas. Nesse tempo já vemos o primor que é a fotografia dos filmes dos Coen, mais um ponto forte de seus filmes. Quando aparece na jogada o Texas Ranger LaBoeuf (Matt Damon, com boa atuação mas sem destaque)ficamos sabendo que Chaney já é procurado no Texas por ter assassinado um Senador por uma briga sobre cachorros. O personagem é meio abobalhado mas mesmo assim com o tempo cativa e entendemos o propósito dele estar ali.

O filme segue a característica de um filme de Western normal, a sede de vingança, a recompensa, as sub-tramas, onde sempre aparece mais bandidos do que se espera e o reencontro deles com a justiça brutal. O filme é cru nesse sentido, frio, sem pena, a morte tratada como conseqüência dos seus atos. O filme é meio parado, não se adequando a todos os gostos, principalmente quanto aos diálogos. Eu acabei de ver o filme, não tenho muito mais o que falar, ainda estou digerindo-o, mas posso dizer sem dúvidas que esse filme é uma obra-prima do cinema.

"I love the smell of napalm in the morning"



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