domingo, 9 de janeiro de 2011

Harry Brown.

Harry Brown podia se chamar “O Ode a Violência” . O filme mostra um aposentado Harry Brown (Michael Caine) em sua vida pacata, esperando a mulher melhorar de alguma doença não citada, ela está no hospital e não mais reconhece o marido, vivendo assim como um vegetal. Nesse meio tempo, seu único momento de relaxamento são as partidas de Xadrez que trava com um velho amigo Leonard Attwel (David Bradley, ator que faz ponta em Harry Potter),em um Pub da cidade. O filme nos mostra também, a violência desencadeada por um bando de marginais nas ruas, por conta das drogas, e seus rituais iniciáticos, como a primeira tragada no Crack e o recebimento de uma arma, e algumas atitudes desses marginais. Depois de alguns acontecimentos, o personagem de Leonard avisa o amigo Harry que está cansado de sofrer com as humilhações causadas pelo grupo de marginais que assolam um bairro inglês. Mostrando-lhe uma faca militar, mostra-se indignado e diz que irá revidar as humilhações. No outro dia, uma dupla de policiais Terry Hicock (Charlie Creed-Miles) e Alice Frampton (Emily Mortimer, só me lembrei na hora que ela fez A Pantera Cor de Rosa 2, com Steve Martin)vão a sua porta e avisam-lhe que Leonard está morto. Isso desencadeia uma reação “Charles Bronson” em Harry e tudo começa a andar em direção a vingança. O filme mostra, claramente, que medidas enérgicas conseguem mudar uma sociedade, que vive no caos, obscurecida pela violência alheia, e que o Estado devia cumprir o seu papel de defender a sociedade que os alimenta e que pagam impostos. Que com essa política de “Direitos Humanos” não adiantam, para uma cambada de bandidos que não respeitam ninguém, matam e roubam por diversão e drogas, faz você crer que viver na época de Al Capone e John Dillinger deveria ser bem melhor, onde bandidos roubavam bancos, traficava bebida alcoólica e ficava por aí, não se tinha essa Guerra Civil que  se tem em quase todo o mundo. O filme ainda nos mostra vários pontos de vista em relação á violência, aqueles que crêem na pratica enérgica e violenta e aqueles que acham que prender alguém, muda algo. O filme caminha bem, é bem dirigido, pelo estreante Daniel Barber, tem umas cenas muito chocantes e interessantes, e Michael Caine consegue dar credibilidade a obra, mesmo sendo “Charles Bronson Way of Life”. É um filme para poucos por conta da violência, é um filme que mostra bem o “underground” das drogas e como aquilo é o inferno para uns e o paraíso para outros, mas ambos sem retorno.

"Why so serious?"

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