quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tron: Legacy



Depois de tantos anos, filme apontado como clássico Sci-Fi retorna, mas tem trama muito solta.
O filme é rápido, não se explica muita coisa, tudo tem que ser pensado pelo espectador, nisso o filme tem seu mérito, o filme não vem mastigado. Na trama Kevin Flynn (Jeff Bridges) está desaparecido a mais de 20 anos, e com isso, seu filho, Sam Flynn (Garrett Hedlund) frustrado por ter perdido o pai, vai a sua busca.
O filme começa com Sam sabotando a própria empresa, já que os ideais do pai não são mais seguidos, tornando a empresa ENCOM uma super corporação que só pensa em dinheiro e não em “desenvolvimento tecnológico” como era o seu objetivo inicial.
Então, após a sabotagem provocada por Sam, Alan Bradley (Bruce Boxleitner), amigo fiel de Kevin, recebe uma mensagem em seu “Bip”, essa mensagem vem do antigo fliperama de Kevin Flynn e intriga muito a Alan, mas esse diz a Sam que o papel de ir de encontro a seu pai é dele (convenientemente).
Indo ao “falecido” fliperama, Sam se depara com a máquina que acaba levando-o ao GRID (mundo virtual criado por Kevin). Logo ao chegar no GRID, Sam é levado como prisioneiro, como um “programa” rebelde, que não está sendo utilizado de maneira apropriada, dessa forma, existe duas saídas, ou você será reprogramado ou irá para os “jogos”.
Os jogos são nada mais nada menos que uma espécie de “Gladiadores”, a famosa política de pão e circo, utilizado pelo atual regente do mundo do GRID, Clu (imagem criada por Kevin com o intuito de fazer o GRID ser perfeito, personagem 100% digital, com o rosto de Jeff Bridges a 30 anos atrás, é de se ficar impressionado, você chega a acreditar que é uma pessoa).
Sobrevivendo milagrosamente ao “jogos”, Sam é levado a Clu, mas Sam acredita ser seu pai, decepcionado após perceber que não é seu pai, Clu decide ele mesmo acabar com a vida de Sam, indo para a corrida de motos, ponto forte do primeiro filme e logicamente do segundo. O show tecnológico toma conta do filme, desde quando Sam chega ao GRID. No momento de dificuldade, quando achamos que Sam será despedaçado, aparece então Quorra (Olivia Wilde, atriz conhecida pelo seriado House) para salvar o dia, e levá-lo até seu verdadeiro pai, Kevin Flynn, criador do GRID, ex-regente do mundo virtual, atual mestre zen budista. Jeff Bridges está bem, mas sua versão moderna de Big Lebowsky fica meio forçado, mas ainda assim, engraçado. Após o reencontro, Kevin diz por que não voltou pra casa, sendo traído por Clu, pois esse não estava satisfeito com a grande descoberta de Kevin. Em um ataque, ele acaba assumindo o poder do GRID, Flynn sendo exilado e TRON (vivido também por Bruce Boxleitner) acaba “morto” por Clu. O filme é bonito esteticamente, mas infelizmente filmes não se sustentam apenas com isso. Os atores fazem o que pode, até o Michael Sheen que interpreta o Castor/Zuse, tenta atuar, fazendo referências a vários filmes, mas acaba sendo um Chapeleiro Maluco, só que sem ser Johny Depp. Não entenda o filme como uma continuação direta, ele é feito para as pessoas de hoje, com a tecnologia que hoje temos como futura, e em aspectos de arquitetura e sociedade também, é um filme que vai longe, mas se perde um pouco, consegue sim, trazer suspiros de admiração o filme, dirigido por Joseph Kosinski, que tem como formação, Arquitetura, consegue dar um nível estético grande ao filme, mas tem que aprender muito ainda, para se tornar um grande diretor.
Quase que ia esquecendo, do melhor do filme. A trilha feita pelo Duo Francês, Daft Punk é incrível.

“Do or do not, there is no try”


Nenhum comentário:

Postar um comentário