quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

HQ do Batman.

Bem, amigos,estou aqui para comentar sobre um episódio muito recente, uma polêmica envolvendo o Homem-Morcego. Mas antes de falar exatamente o que é, vamos relembrar que com o passar dos anos, cada vez mais as HQs (história em quadrinhos) são irônicas, politizadas, distribuem conceitos e parâmetros sociais. Depois de Watchmen, escrito por Alan Moore, os quadrinhos mudaram para sempre, podendo trazer assuntos polêmicos, erotismo, política e milhares de temas sociais, não eram mais apenas estórias de Heróis e Vilões, de certo e errado, quadrinhos viraram sim, cultura e conhecimento.

Vamos agora para a polêmica.

A HQ do Batman passa por um momento muito conturbado nos Estados Unidos. Na série atual, chamada de Batman Inc. O Bruce Wayne/Batman, vaga pelo mundo e começa a criar “franquias” do Batman, internacionalizando o Herói. Com a passagem do Dark Knight pelo Japão, ele recrutou Jiro Osamu (ex-Mr.Unknown) para ser o Batman Japa, recrutou o El Gaucho (não, não é o Ronaldinho Gaúcho e nem o Renato Gaúcho) para ser o Batman Hermano, e depois de tudo isso a polêmica começa (tinha que ser) na França. A idéia originalmente era colocar o Mosqueteiro no cargo de Batman Francês, mas o escritor David Hine achou deveras óbvia, tal escolha. Hine então, lançou o Bilal Asselah, o novo personagem Nightrunner, muçulmano sunita filho de argelinos que vive em Clichy-Sous-Bois. A idéia causou revolta em muitos fãs da DC Comics, diversos blogs publicaram notas de protesto contra um muçulmano usar o nome do Batman, franceses falaram que era preciso um “verdadeiro francês” para tal cargo (esqueceram eles que um dos maiores nomes da França e um dos maiores ídolos francês é ninguém menos que Zinédine Yazid Zidane, jogador de origem argelina), com isso a DC ficou em chamas e muito se tem comentado sobre o assunto, com tantos protestos, teve até fã criando a própria capa do gibi, com o próprio Bruce Wayne, lamentando um muçulmano como Batman e a imagem da Torre Eiffel explodindo em um ataque suicida, e o Coringa dizendo, “Islã significa paz” (postarei a capa aqui no blog).
Depois de tanta discussão fica a pergunta, até onde isso é exagero e até onde não é? Os quadrinhos devem fazer esse tipo de abordagem? Eu sou apenas um mero leitor, que gosto de ler bons quadrinhos, como um típico nerd, então não irei dizer minha opinião sobre o assunto, mas espero que não se crie uma guerra no mundo por conta de uma HQ, já temos motivos demais ou de menos para isso e não precisamos de mais um.

“I always tell the truth even when i lie”

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